Mostrando postagens com marcador Emanuelle Sotoski. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Emanuelle Sotoski. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Serviço


Um projeto da ACRUEL Companhia.
Criação: Ana Ferreira, Emanuelle Sotoski e Rubia Romani.

Praça Santos Andrade: de 4 a 15 de maio.
Praça Rui Barbosa: de 18 a 29 de maio.
De terça a sábado, às 16h30.
Entrada franca.

Ficha Técnica de Espaço Outro

Finalmente, como prometido, todos que fazem parte deste projeto tão singular que é o Espaço Outro:

Criação Cênica: Ana Ferreira, Emanuelle Sotoski e Rubia Romani.
Interpretação: Ana Ferreira, Emanuelle Sotoski, Rubia Romani, Alessandro Ferreira, Cláudia Souza, Eduardo Walger, Elton Krug, Renato Sbardelotto, Roger Batista, Verônica Rodrigues, Vida Santos, Vivian Schmitz.
Texto: Ana Ferreira, Emanuelle Sotoski e Rubia Romani.
Narração: Lui Riveglini, Vivian Schmitz, Ana Ferreira, Luiz Bertazzo, Emanuelle Sotoski e Cleydson Nascimento.
Produção Sonora: Daniel Starck.
Colaboração em dramaturgia: Lígia Oliveira.
Equipe de apoio: Jaqueline Lira, Isadora Terra e Pamela Stival.
Adereços: Saulo de Almeida.
Cenotécnica: Sérgio Richter.
Assessoria de Imprensa: Daniel Starck.
Design Gráfico: Jean Snege.
Produção: Bia Reiner.
Realização: ACRUEL Companhia e Bia Reiner.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Momentos dos ensaios


Finalmente, estamos com a autorização da prefeitura em mãos. Quase tudo pronto.
Aí vai uma pouquinhos dos nossos ensaios. Cuidamos pra mostrar só um pouquinho...








quinta-feira, 8 de abril de 2010

Levantando o acampamento

A peça está sendo levantada. Temos passado o dia nas praças. Quem quiser nos encontrar, basta tentar uma delas, Santos Andrade ou Rui Barbosa.Os ensaios estão sendo separados por núcleos por enquanto. O primeiro ensaio coletivo será neste sábado a tarde.
Já deu pra ter alguma noção do que vai acontecer. Realmente, nosso texto subjetivo pode confundir as pessoas e elas não saberem para onde olhar, o que procurar. Mas o código de figurino é bastante forte, tanto como símbolo, quanto para ajudar nesta identificação.
As ações também são bem fortes visualmente, mesmo as pequenas. De resto, é ver como cada indivíduo se relaciona com tudo isso.
Paralelamente, estamos agilizando a produção. As coisas estão meio atrasadas, mas nada preocupante. Tudo tem dado muito certo.

terça-feira, 30 de março de 2010

Hexágono Outro

Novidade: Mudamos de cubo de acrílico para hexágono de acrílico. Sim, até agora pensando em uma coisa e mudamos de última hora por dica do cenotécnico com relação as facilidades de montagem. Mas gostamos muito da idéia, nos parece um espaço mais diferente e menos indicativo do que seria um lado da frente e de trás.

domingo, 28 de março de 2010



Emanuelle Sotoski, Rubia Romani e Ana Ferreira: ensaio na praça Rui Barbosa. Fotos de Cleydson Nascimento.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Agenda

A primeira parte do áudio já está gravada. Ficou muito boa! Garanto! Mas não vou falar muito sobre ela pra não estragar a surpresa.
O material gráfico está pronto! O Jean arrasou! Mas estamos em dúvida entre duas opções. Ai, ai, ai.
Começamos os planejamentos dos Flash Mobs que serão realizados durante o Festival de Curitiba. Logo, conto tudo.

Amanhã:
- Reunião com o elenco;
- Início das compras de figurino.

- Depois de amanhã:
- Mapa de ações na praça Rui Barbosa.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Inversões

De tradicional, nosso espetáculo não tem nada. Da mesma forma, o processo criativo também tem lá suas inversões. Em vez do usual 'construir uma cena para um texto', nós construímos um roteiro, a partir do qual construímos as cenas, a partir das quais construímos um texto. Hoje, encerraremos a criação deste texto e tudo o que diz respeito ao áudio da caixa. Na semana que vem, começaremos a cuidar da sua gravação, ao mesmo tempo que da produção e da viabilização de toda a cena para, somente em Abril, começar a ensaiar tudo. Temos, então, mais uma inversão: primeiro você apronta tudo que o espetáculo precisa para sua estreia, e depois o ensaiamos. Precisamos de tudo prontinho, como nas apresentações, para o ensaio porque o mais importante será sincronizar delicadamente todos os elementos dos quais constituem este espetáculo.
Com trilhões de detalhes para cuidar, além de encerrar e arredondar a dramaturgia hoje, cuidaremos de produzir um cronograma muito complexo que, devemos admitir, será muito prejudicado pelo aproximação do Festival de Curitiba.
Não esqueci que prometi a lista do elenco para vocês. Mas isto é assunto para semana que vem...
Até!

domingo, 24 de janeiro de 2010

ACRUEL na Gazeta do Povo

A ACRUEL está na Gazeta do Povo de hoje, que fala sobre os projetos para 2010 de dez companhias de Curitiba. Confira a matéria de Luciana Romagnolli no link abaixo.


http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=966717&tit=O-mapa-da-temporada

Abaixo, o trecho sobre a ACRUEL:

"Público encaixotado

Em maio, ACruel deve prender a atenção em quatro praças da cidade com Espaço Outro, espetáculo subsidiado pela Funarte. Em cada local, será instalada uma grande caixa transparente, de dentro da qual o público verá (e ouvirá por narração em off) a ação que se desenrola na rua, entre os passantes".

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"É uma vez e para sempre" em cena

A ACRUEL já rertornou das férias.
Antes de retomar o processo criativo do "Espaço Outro", voltamos a dar uma atenção para o "É uma vez e para sempre", espetáculo que acabou ficando pra mais tarde, mas que ainda está nos nosso projetos.
Pra ter uma idéia do que se trata, acompanhe abaixo um pouco do que a peça propõe cenicamente:

A acuidade visual é um caráter importante desta montagem, principalmente por tratar de um tema onde impera a fantasia e o simbolismo - os contos de fadas. O cenário e o figurino são formados por diferentes consistências do plástico, criando um ambiente de cristal – belo, perfeito, durável e frágil – industrial e contemporâneo. Tudo é branco, desde a caixa cênica até roupas, acessórios e móveis. Tem-se, assim, a atmosfera gélida ideal para os sentimentos de infinito, abandono, vazio e desencontro que permanecem na maior parte das histórias. O momento no qual a visualidade do espetáculo se altera é na última cena, constituída pela celebração padrão do final feliz. Cores vivas mudam o clima, dando-lhe leveza e alegria. Estes diferentes tons aparecem na mesa de um grande banquete.

Na ação cênica, a importância visual é dada aos corpos das atrizes. A proposta é que eles construam imagens da brutalidade e do divertimento, essências dos contos de fadas. Para isto, seguindo o mesmo formato dinâmico do texto, sobrepõem-se formas espetaculares. Faz-se uma montagem ou colagem de figuras diversas, técnica própria da Pop Art.

Aqui, usa-se da linguagem contemporânea do consumo, o Pop, para elucidar o que os personagens dos contos de fadas são na memória ocidental: símbolos do desejo. As representações complexas cultivadas em nossa tradição ganham este corpo para potencializá-las na sociedade atual, já que ele carrega a popularidade e os traços fortes necessários. Desta forma, duas partes do imaginário que cerca a vida cotidiana e as massas se encontram e se fortalecem: a Cultura Pop e a Popular.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Espaço Outro nas ruas em 2010

Oba, oba! Sorriam! A ACRUEL Companhia tem uma ótima novidade para todos: nós fomos aprovados no edital da Funarte, o que significa que o projeto Espaço Outro será subsidiado e estará nas ruas de Curitiba em breve.

Espaço Outro é um projeto que pretende a instalação de uma caixa portátil transparente em diversos espaços públicos de Curitiba. O público assiste ao espetáculo de dentro desta construção, junto a uma narração. Lá fora, infiltrados em meio aos transeuntes, estão os atores que conduzem a ação.

Apreciem como será a caixa no desenho abaixo. Ainda no primeiro semestre de 2010, ela estará nas ruas.


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Hoje é o seu dia, que dia mais feliz!

Emanuele Sotoski em As Ruas de Bagdá ou Aranha Marrom não usa Roberto Carlos da ACRUEL Companhia.

Hoje é aniversário da atriz e criadora cênica Emanuelle Sotoski. Ela, que está na ACRUEL desde o início, tem uma cara de brava na vida real, mas no palco sabe muito bem mostrar seu doce.

Manu, nós amamos seu trabalho e sua existência ao nosso lado. As suas amigas da ACRUEL te desejam muita criatividade, persistência, amor, prazer e felicidade!
Quantos anos ela está fazendo, é melhor perguntar pra ela... :D

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Meio

A narrativa podia acabar no meio. porque se ela começa no fim a ordem dos fatores não alterará o produto. Até porque ele já é conhecido. Porque na verdade ele é que vem antes.

Eu lembro o dia em que caminhávamos. Tínhamos algo em comum, Seu lenço da cor de minha blusa . E fazíamos o par perfeito Vinho tinto e verde alface. Você me buscava. Não queria que eu fosse alem. Tudo era jogo. Os pequenos e grandes mistérios eram ditos com o olhar. Não nada de rebeldia. eu só queria viver como quisessem. Sem me preocupar com nada. So queira Ver.

Gosto muito de fotografia a algo dentro daquela câmera escura que me prende. Começo e não termino mais. sempre quero mais uma foto. Seus pés ficam lindos em um fundo branco. E há um momento em que a câmera dispara sem meu controle. Eu gosto do recorte que aquele momento traz. Não importa o que vem antes ou depois. Gosto desse momento. Sem nada, só ele e pronto. O meu meio. Os meus meios são vários. Um atrás do outro, mas nenhum veio primeiro. Estão todos ali, misturados, em meio a tudo.
Eu gosto de olhar e me intrometer em tudo isso com uma lente que não me pertence. E um dia a historia será contada sob meu ponto de vista. E você dirá que na verdade não era assim, mas não importa porque palavras me dizem pouco que importa são imagens. Sou como são Tomé preciso ver para crer. Tenho um grande olho que capta tudo. Zoom de mais de 20X. posso ver alem. Não precisa explicar nada. O que quero na verdade é a lagrima que escorrerá.

Emanuelle Sotoski

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

um certo homem maquina


Tudo começa como começa qualquer historia. Do nada pessoas se reúnem em busca de uma aventura. Elas terão altos e baixos. E haverá momentos em que se suporá que não chegaram ao fim. Mas no fim farão algo fantástico. Elas não sabem e por isso sofrerão. Mas já está tudo escrito. E dentro de 6 meses tudo em suas vidas irá mudar. Mas antes de começarmos a aventura férias porque ninguém é maquina. A não ser um futuro conhecido.
Tic-tac. Tic-tac. Tic-tac. Prontas pra começar?
- ainda não.
-por que?
- peguei varicela.
Quando voltei tudo tinha mudado. Alguém fazendo campanha política, outras atrás das mulheres de Picasso ou Vincius.
Es então que surge nosso Deus tocando ao fundo Enia e tudo o que tiver direito – Nina Rosa Sá. Com nosso ex-futuro conhecido agora atual senhor maquina. E ela não tinha se afogado. E o seu coração era um relógio. Naquele instante meu coração bateu mais forte, ou foi o cérebro? As vezes a coisas que vc não entende mas mesmo assim te pegam.
Lembro de cada carinha. E se fossemos desenhos animados a Thaisa teria concerteza no lugar da cabeça um ponto de interrogação.
Apresentados os personagens passaremos ao próximo capitulo. AS RAIAS.
Sim nos fazíamos montinhos e adorávamos os abraços não eram nada mal. E as imagens – corre, anda, deita, pula, pula, pula, pula, não isso é outra peça. Mas o que é mesmo que heiner muller queria dizer? Cri. Cri. Cri. Mas o que é mesmo que nos queríamos dizer? As paredes se destroem entre nos. E no meio de tudo isso SP. 1 vez por mês lá e outra cá. Não, não era o masp é só uma torre vermelha. E andar das clinicas ao trianon foi moleza. Queria ter ido ate o fim- da paulista.É já faz 2 anos. O mais surpreendente de tudo foi que na Sé encontrei o Suplicy. As lembranças ficaram meio escuras, mas ainda estão aqui. É só puxar uma que elas voltam.
Capitulo 3: Não vai dar certo.
Ensaios cancelados, atrasos e paciência, muita, muita, muita paciência. Mas vc lembra das imagens?
Catchup/ livros/ peixes/ melancia/ cruz. Ah tinha também o frango assado, farofa só lá no final. Sapatos/carne/ tic-tac/ki-suco. Ingerimos tudo erguemos as mãos pro céu e demos gloria a Deus. Afinal estávamos fudidas e mal pagas, ou melhor, estávamos pagando pra fazer tudo isso. Enquanto uns tem demais outros.... e por isso vieram os tombos. Como o da Ligia no corredor. Não menina ai não é lugar de ensaiar.
Chega o momento de nossa pausa Dramática . Ele geralmente vem antes de um momento importante, um momento que se deseja que todos prestem atenção. O momento de um silêncio ensurdecedor. Não nessa pausa não há silencio.
- Vamos é preciso encher os pulmões. 1 , 2, 3. Eles já não tem força e cada enchida é mais espaçada. E não é o silencio que ensurdece. É o barulho. Tudo que eu queria era gritar bem alto PARA.Acabou não há mais nada a fazer. Agora só me resta fugir para não ver o que vem a seguir. A dor vai junto. 1/2/3 piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
E tudo que eu não queria era cantar: _ Dorme minha pequena...
Eu sai por ai e quando voltei havia um abraço. Que não esperava precisar. E é com esse abraço que termino essa pausa porque depois disso nada é igual.
A peça já tinha estrutura. O balé precisava de ensaio, mas pra uma punk nada é impossível. Sim, vc vai ser uma emo Ligia. Peruca rosa e cabelão. Em duas semanas de ensaios em um certo teatro de manha. Muitas risadas. E dor. Mas conseguimos manter a pose. por varias musicas. Eu falei que a gente teria muitas quedas.( não os pequenos cisnes não cairão . quase mas só depois do catchup).
Vocês sabem que precisam de direitos.
-não recuso os meus. Brigada.
Não deu. E mister sorrisinho no fundo teve uma pontinha de culpa. Mas so la no fundinho. Embroilios , mas tudo resolvido se não fosse uma espécie a qual não lhe agrada Roberto Carlos. Calma nada vai se putrefazer.
- você me deixou aqui pra morrer
-ah?
- você me deixou aqui pra morrer?
-Eu te deixei e fui correr?
- vocês me entendem ne?
- não, não entendo. Acho que vc tomou morfina demais..
- eu so quero chorar.
- não tem que fazer a farofa
no final viramos um grupo musical. Capa do disco ficou ótima.
E essa peça na verdade era um roteiro gastronômico e tudo sempre terminava com café.

Emanuelle Sotoski

Xuxa


E se a Xuxa casasse com o Pelé. Quem seria o rei dos baixinhos?
- O Maradona

É. Isso é multiolhar.

Sim, porque alguns vêm a Juliana Paes, outros um chinelo ou só a infância. E isso tudo é multiolhar.

Há coisas que não precisam ser ditas

Há coisas que não precisam ser ditas. Estão todas ali. Vc tem todo o material de que precisa. E como num quebra-cabeça vai montando peça por peça. Mas aqui não há regras, vc organiza como quiser. As escolhas são suas.

Por favor, não me diga com palavras. Não com as óbvias. Eu quero o inesperado. Eu não preciso ver sangue pra ver que acabou, balas já me dizem isso.

No fundo eu não quero que vc me diga nada. Quero que vc se vá. Simplesmente desapareça. Pronto. Acabou. E só assim poderei sonhar. Pensando que na verdade vc não me deixou. Não. Na verdade você foi atingida após uma batida violenta entre dois carros em que um deles perdeu o controle enquanto atendia a uma ligação boba, nada importante demais. E que enquanto os carros viravam na da pista, tudo que vc tentava era se proteger. Mas o um dos pára-choques, que agora não vem ao caso qual, atingiu suas pernas. E seu corpo foi projetado pra cima. Vc voou por alguns segundos. Na queda, seu crânio não foi forte o suficiente pra suportar o choque. Provocando uma rachadura que fez seu cérebro desmanchar na pista em meio a vidros quebrados e sangue. Uma morte instantânea e sem despedidas. Essa é uma possibilidade que não descarta a em que você pode ter tomado um copo de veneno que não era pra vc. Simples e letal. Sim, eu poderia facilmente pensar assim. Mesmo com os armários limpos.

A minha imaginação preencheria as lacunas como eu quisesse. No fundo eu espero que vc não diga. A coisas já são óbvias demais.

Emanuelle Sotoski

Não. Isso não terá um final feliz

Não. Isso não terá um final feliz.
Eu e vc sabemos disso.
É, isso é o fim.
E a narrativa começa aqui.
Agora só falta o adeus, que terá que esperar até amanhã.
Agora é tarde.
Anoiteceu.
Não há mais tempo.
Não se vê muito além.
Eu e vc sabemos o que vai acontecer.
Não estamos envolvidas.
Assim é mais fácil.
Ver de outro ponto é sempre assim.
O referencial não é o mesmo.
É isso muda tudo.
Não sei mais o que é esquerda ou direita.
Só o que é certo.
Sim, torcemos por uma reviravolta.
Porque de longe tudo é lindo.
Depois de uma longa discussão a porta vai abrindo pra alguém sair, então se fecha abruptamente. E vem um beijo. Ele não é comum, parece em câmera lenta, um pouco mais próximo que o normal. Nas janelas se vêem gotas de chuva escorrendo. A trilha sonora cada um escolhe a sua.
Mas nada disso acontece, a porta bate, cada um vai pro seu lado.
E, olhando de dentro, talvez esse seja o final feliz.

Emanuelle Sotoski

Ver

Ver.
Hoje não vejo nada e acho que isso é visível.
Algo me tapa a visão.
Não, não é um tapa olho.
Meus sentidos estão comprometidos.
Já não ouço direito, o paladar não é um espetáculo, os outros eu não lembro. Só que são 5 .
Não, eu não sou o menininho do filme. Porque todo mundo morre e pronto.
As lacunas existem. Depois é só organizar tudo isso como quiser.
Eu te vi Dona aranha e vc tinha as 8 patas.
Distúrbios: Psicológicos, Digestivos, Visionários: Não vejo o que vem pela frente.
Eu odeio quando a luz pisca. Mas é preciso preencher as lacunas.
Monto a minha própria TV. Ela não é automática, nem digital. É visual. É preciso muita força pra ela continuar existindo. Vc fez um programa. Vc não era a baba do Caco. Mas só tinha pernas. E isso bastava.
Cada vez menor, e menor, e menor.
- Eu tô virando criança.
- Não, é só o filme acabando.
- Mas ainda quero dançar.
- Então eu filmarei. Pra ficar pra posteridade. Porque depois tudo acaba e pronto.

Emanuelle Sotoski

domingo, 7 de setembro de 2008

Não cabe como rima de um poema

Coça, coça, coça porque não consigo parar de coçar? Perai um espiro ... Não ainda não é o momento. Você vai ter que esperar... Ninguém na linha tu tu tu
- Não, isso quer dizer que caiu.
- Mas me equilibrei o máximo que pude.
- Pois é, não foi o suficiente.
- Suficiente realmente não foi. Mas pelo menos eu gostei.
- Que bom. Eu não
- É uma pena
- É. E você não vale a pena
- Pena que faz cosquinha no nariz?
- Acho que chegou o momento.
- Não pularei mas de precipícios.
- Dizem que são ócios do oficio.
- Mas se eu pular de precipícios não terei ossos pra contar historia.

Eu só queria fazer uma cena bonita. Equilibrando-me em tamancas de gelo. Mas não sou muito equilibrada.
- Então é desequilibrada?
- Não

Emanuelle Sotoski

Botões