domingo, 23 de agosto de 2009

"Quando não lemos, imaginação desaparece..."



Propaganda da Literacy Foundation que incentiva a doação de livros com o objetivo de deixar a imaginação das crianças viva.

Chapeuzinho como voce nunca viu

Slogans Famosos

  1. A crítica adorou. Mas pode assistir que é bom -Semp Toshiba
  2. A primeiro impressão é a que fica -Axe
  3. Quem pede um, pede bis -Bis
  4. Tem 1001 utilidades -Bombril
  5. Não tem comparação-Brastemp
  6. Só ele é assim -Campari
  7. É impossível comer um só- Cheetos
  8. Eu sou você amanhã- Orloff
  9. O sabor da nova geração- Pepsi






quinta-feira, 30 de julho de 2009

Um dos testes que aplico para tal fim é um tipo de etnodrama individual no qual o ponto de partida é uma velha canção ligada à tradição religiosa-étnica da pessoa. Se começa a trabalhar com esta canção como se nessa estivesse já codificada em potencial uma totalidade em movimento, em ritmo, em tudo. É como um etnodrama no sentido tradicional coletivo, mas aqui exige uma pessoa que age, com uma canção, sozinha. Então, imediatamente, com as pessoas de hoje se apresenta o seguinte problema: se encontra alguma coisa, uma pequena estrutura em torno da canção, depois se faz ao lado uma nova versão, ao lado ainda uma terceira versão. Isto significa que se pára sempre no primeiro nível, podemos dizer superficial, da proposta, como se a proposta fresca excitasse os nervos e nos desse ilusão de alguma coisa. Isto significa que se trabalha de maneira horizontal - de lado a lado - e não de maneira vertical como alguém que escava um poço. Aqui está toda a diferença entre o diletante e o não- diletante. O diletante pode fazer uma bela coisa mais ou menos superficial através desta excitação dos nervos da primeira improvisação. Mas é sempre uma escultura na fumaça. Desaparece sempre. Então o diletante busca ao lado. De um certo modo, muitas formas de desenvolvimento industrial contemporâneo são assim, como por exemplo Sylicon Valley, o grande complexo eletrônico americano: vocês tem construções ao lado de construções, o complexo se desenvolve de maneira horizontal e no final se torna ingovernável. É muito diferente da construção das catedrais que tem sempre um ponto de conexão. É a concepção vertical que determina exatamente o valor. Mas com um etnodrama individual é uma coisa difícil de se fazer porque no trabalho que vai em profundidade e para o alto, vocês devem passar através da crise. A primeira proposta funciona, depois é preciso eliminar aquilo que não é realmente necessário e reconstruí-la de maneira mais compacta. Vocês passam através de fases de trabalho sem vitalidade - "sem vida". É um tipo de crise, de tédio. É preciso resolver muitos problemas técnicos, por exemplo a montagem como no cinema. Porque não só vocês devem reconstruir, rememorizar a primeira forma, vale dizer a linha das pequenas ações físicas, mas também eliminar os detalhes não necessários.
GROTOSKI

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Se fosse seria...

Se fosse um objeto
Se fosse um prato
Se fosse uma canção
Se fosse um personagem de ficção
Se fosse um filme
Se fosse um lugar
Se fosse um aviso
Se fosse um elemento
Se fosse um efeito
Se fosse um vegetal
Se fosse um planeta
Se fosse um advérbio de tempo
Se fosse uma estação do ano
Se fosse um animal
Se fosse um barulho
Se fosse uma cor
Se fosse um clima
Se fosse uma roupa
Se fosse uma fruta
Se fosse uma viagem
Se fosse um amor
Se fosse um remédio
Se fosse uma hora do dia
Se fosse uma mulher
Se fosse um homem
Se fosse um quadro
Se fosse um sapato
Se fosse um talher
Se fosse um veiculo
Se fosse um mês
Se fosse um metiêr
Se fosse um livro
Se fosse uma citação
Se fosse uma estampa
Se fosse uma parte do corpo
Se fosse uma dança

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sobre o Universo

Esta caixa de vidro está em cena. Ela é um navio. Um navio que trafega entre os mais diversos jardins persas. Porque todos os jardins são o mesmo.

A narração

"O valor do conto de fadas para a criança é destruído se alguém detalha os significados. Todos os contos de fadas têm significados em muitos níveis; só a criança pode saber quais significados são importantes para ela no momento" (p. 205, BETTELHEIM, "A psicanálise dos contos de fadas").

"Não há nada que de forma mais duradoura recomende histórias à memória do que aquela casta concisão que as subtrai à análise psicológica. E quanto mais natural o modo pelo qual se dá, para o narrador, a renúncia ao matizamento psicológico, tanto maior se torna sua candidatura a um lugar na memória do ouvinte, tão mais plenamente as histórias se conformam à experiência pessoal dele, tanto maior é sua satisfação em, mais dia menos dia, voltar afinal a contá-las. Este processo de assimilação, que se desenrola em camadas profundas, precisa de um estado de descontração cada vez mais raro" (p. 62, BENJAMIN, "O Narrador").

terça-feira, 7 de julho de 2009

EXERCÍCIO DE SANTO LOYOLA

PRIMEIRO PASSO:
ver superficialmente.

SEGUNDO PASSO:
saber nomes, histórias superficiais

TERCEIRO PASSO:
saber o íntimo de cada pessoa, de cada lugar, saber pensamentos, caráter e etc.

* ler mais sobre exercício em "Seis Propostas para o Próximo Milênio" de Ítalo Calvino.

CENA III - SOBRE PARABRISAS DE CARROS

Uma pessoa que não entra, nunca entrou, está lá, sempre esteve, todos os dias, chuva. Sol. Chuva. Chuva. Pára e senta. Antes disso percebe um tapa ouvidos sobre o banco, esses em que não se escuta nada. Encaixa em seus ouvidos. Ele senta. Aumenta o volume como se o tapa ouvidos fosse um fone. Nele se escuta algo. Algo. Algo. Algo. Algo. Algo. Algo que se transforma. Algo. Aglo. Alog. Agol. Aglo. O que era antes um barulho de um relógio agora se notas minimalistas pacientemente apreciadas. Algo se transforma em canção. Algo se transforma em prosa musicada. Tudo então é música. Algo se transforma em poesia musicada. Algo. O fone, neste momento, serve como um pára-brisa.

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