terça-feira, 25 de agosto de 2009

Especial Charles Perrault

Para comemorar os mais de "300 anos da morte” do escritor francês Charles Perroult, que tanto contribuiu enriquecendo a literatura infantil mundial, ousadas releituras de alguns de seus mais famosos contos, e também peças inspiradas em outros autores que escreveram para crianças, encontram-se expostas no site do fotógrafo francês Gerard Rancinan.São composições mórbidas e impactantes que mostram figuras queridas como “Cinderela”,A Bela Adormecida”, “O Gato de Botas”, “Chapeuzinho Vermelho” e até mesmo o temível “Barba Azul”, observados por uma ótica distante da suavidade eternizada pelos estúdios Disney.


Esta é uma vingativa versão da história da menina dos sapatinhos de cristal, que é constantemente maltratada pelas irmãs postiças. O corvo desta vez, não está do lado da artista Arielle Dombasle, aqui como Cinderela também de Charles Perrault, mas sim, de uma caveira que remete a inveja e apresenta-se travestida com restos de trapos velhos. Os pássaros elevam o lado negro da história, deixando apenas uma abóbora caída ao lado do “calçado da discórdia” e da doce donzela seminua que se apresenta recoberta sob plásticos funerários.

Nesta cena, Cissé Djibril, jogador de futebol e um dos maiores goleadores da Liga francesa desse esporte, foi clicado pelas lentes de Gerard Rancinan representando “O Gato de Botas”, de Perrault. As pernas, já sem vida que evidenciavam os acessórios de maior visibilidade do personagem felino, agora se limita a ornamentar uma indesejável cadeira de rodas. Caveiras e ratos completam o clima de extinção que pune mais essa cria do lendário escritor francês.
Em seu distante sono mortal, a “Bela Adormecida”, dos irmãos Grimm, simulada aqui pela modelo francesa Estelle Lefébure é contemplada pela caveira de seu eterno Príncipe amado. Que apesar do dolorido passar dos tempos, lhe mantém fidelidade e continua a observá-la por toda a eternidade.

O bailarino, tambérm francês, Emmanuel Tibault dá adeus à inocência e também a vida de Chapeuzinho Vermelho, dos irmãos Grimm. A boneca caída próxima à grade e ao lençol ensangüentado remete a pureza da jovem, e mostra também o tardio rito de passagem, o balé de uma pré-adolescente que fora covardemente ludibriada pelo lendário lobo mau.

O perverso Barba Azul, de Charles Perrault que tinha como passatempo decaptar suas inúmeras esposas, aparece nesta cena na pele de Joey Stars que dispõem sua própria cabeça sobre uma futura fogueira de ossos. Um terrível castigo por suas insanas ações percebidas nos Contos infantis.

domingo, 23 de agosto de 2009

Enquanto as versões mais habituais frisam o nome de "Bela Adormecida" devido ao longo sono da heroína, os títulos de outras versões dão proeminência ao muro protetor, como em ingles "Rosa Silvestre".

Dos Anseios

O que a ACRUEL aqui se propõe é estabelecer um jogo entre os estados reais, e participativos da vida cotidiana, e os utópicos, induzidos pela representação teatral, sendo estes estados definidos pelo espaço. Quer-se a criação de um ambiente heterogêneo, no sentido de que pertença a todos e tenha livre acesso, mas não público, uma vez que se demarca diferente deste, um outro que ali se encaixa com sentido metafórico. A proposta é ainda que este lugar seja um ponto de observação do espaço público e das histórias que ele conta, porém com caráter fictício, transformando também o significado do espaço real lá fora.
Para tanto, ainda se faz necessário pensar na estrutura dramatúrgica das narrativas. Inspirado na idéia dos jardins persa descritos por Foucault, que contêm a representação de tudo o que existe no universo, este projeto procura o que há de mais universal nas histórias humanas e a adaptação destas para a nossa sociedade e cultura. É inserida no contexto deste anseio que a ACRUEL vêm pesquisando os mitos ocidentais que influenciam diretamente em nossa formação social: religião, histórias e mitologia da antiguidade, contos de fada. Ultimamente a companhia vem focando neste último, que contém em si, de forma lúdica, toda a bagagem dos outros. A busca é identificar a relação tanto da sociedade quanto dos agentes criativos em particular com os contos de fadas e, depois, re-localizar na rua o material levantado, transformando o real em fantasia.

O Projeto

Espaço Outro é um projeto que pretende a instalação de uma caixa portátil transparente em diversos espaços públicos de Curitiba. O público assiste ao espetáculo de dentro desta construção, junto a narradores. Lá fora, infiltrados em meio aos transeuntes, estão os atores que conduzem a ação.

UM BOM PLANEJAMENTO MUDA TODA HISTÓRIA

Hora da propaganda

Os atentados terroristas ocorridos contra a mega potência dos Estados Unidos, mostraram ao mundo a fragilidade e o ódio que inimigos potenciais atribuem ao governo norte americano. Lembrado com tristeza e insegurança por todos os cantos do planeta, esse triste episódio acontecido em 11 de setembro de 2001, poderia ter sido diferente se o presidente da "América" tivesse seguido algumas recomendações dos personagens dos contos de fadas.
Nas campanhas abaixo, eles dão dicas de prudencia e estratégia que poderiam ter sido assimilada pelo presidente dos Estados Unidos, a fim de encontrar exito e conseguir resultados positivos em suas diligencias.


Três porquinhos. Um bom planejamento muda sua história


"Quando não lemos, imaginação desaparece..."



Propaganda da Literacy Foundation que incentiva a doação de livros com o objetivo de deixar a imaginação das crianças viva.

Chapeuzinho como voce nunca viu

Slogans Famosos

  1. A crítica adorou. Mas pode assistir que é bom -Semp Toshiba
  2. A primeiro impressão é a que fica -Axe
  3. Quem pede um, pede bis -Bis
  4. Tem 1001 utilidades -Bombril
  5. Não tem comparação-Brastemp
  6. Só ele é assim -Campari
  7. É impossível comer um só- Cheetos
  8. Eu sou você amanhã- Orloff
  9. O sabor da nova geração- Pepsi






quinta-feira, 30 de julho de 2009

Um dos testes que aplico para tal fim é um tipo de etnodrama individual no qual o ponto de partida é uma velha canção ligada à tradição religiosa-étnica da pessoa. Se começa a trabalhar com esta canção como se nessa estivesse já codificada em potencial uma totalidade em movimento, em ritmo, em tudo. É como um etnodrama no sentido tradicional coletivo, mas aqui exige uma pessoa que age, com uma canção, sozinha. Então, imediatamente, com as pessoas de hoje se apresenta o seguinte problema: se encontra alguma coisa, uma pequena estrutura em torno da canção, depois se faz ao lado uma nova versão, ao lado ainda uma terceira versão. Isto significa que se pára sempre no primeiro nível, podemos dizer superficial, da proposta, como se a proposta fresca excitasse os nervos e nos desse ilusão de alguma coisa. Isto significa que se trabalha de maneira horizontal - de lado a lado - e não de maneira vertical como alguém que escava um poço. Aqui está toda a diferença entre o diletante e o não- diletante. O diletante pode fazer uma bela coisa mais ou menos superficial através desta excitação dos nervos da primeira improvisação. Mas é sempre uma escultura na fumaça. Desaparece sempre. Então o diletante busca ao lado. De um certo modo, muitas formas de desenvolvimento industrial contemporâneo são assim, como por exemplo Sylicon Valley, o grande complexo eletrônico americano: vocês tem construções ao lado de construções, o complexo se desenvolve de maneira horizontal e no final se torna ingovernável. É muito diferente da construção das catedrais que tem sempre um ponto de conexão. É a concepção vertical que determina exatamente o valor. Mas com um etnodrama individual é uma coisa difícil de se fazer porque no trabalho que vai em profundidade e para o alto, vocês devem passar através da crise. A primeira proposta funciona, depois é preciso eliminar aquilo que não é realmente necessário e reconstruí-la de maneira mais compacta. Vocês passam através de fases de trabalho sem vitalidade - "sem vida". É um tipo de crise, de tédio. É preciso resolver muitos problemas técnicos, por exemplo a montagem como no cinema. Porque não só vocês devem reconstruir, rememorizar a primeira forma, vale dizer a linha das pequenas ações físicas, mas também eliminar os detalhes não necessários.
GROTOSKI

Botões