Fim da temporada de Espaço Outro em Curitiba e estamos vendo as possibilidades de levá-lo para outras cidades. Mas independente disso, retomamos o processo criativo do nosso próximo projeto: É Uma Vez e Para Sempre. O texto será escrito por mim e pela Manu, que também atuaremos, e a direção fica a cargo de Márcio Mattana.
Na discussão pré-início de criação textual, voltamo-nos aos nossos objetivos: mostrar o ser humano quando ele age apenas pelo que deseja, ignorando uma moral e o zêlo ao outro. Nosso material para isso são as versões originais dos contos de fadas, que eram repletas de crueldade e de ações que seriam perturbadoras para as pessoas de hoje. Queremos revelar ao público a realidade cruel nestes contos que vai contra ao apego inocente que temos por ele e, como isso, que as pessoas se deparem com algo que foi formador de seus valores chocando-se contra eles.
A idéia para a encenação é ultilizar a linguagem do Pop para intensificar a perturbação. O Pop, sendo a estética do desejo na sociedade contemporânea, teria a função de causar atração nos espectadores por estas ações consideradas, hoje, perverção. Estabelece-se assim a contradição psicológica e a discussão sobre o que é a natureza humana.
Eu e a Manu estamos aproveitando muito os estudos feito no Núcleo de Dramaturgia SESI para discutir a linguagem do nosso texto. Na próxima semana, nos concentraremos em rever algumas referências e discuti-las. Ainda vai um tempo para começarmos a botar a mão na massa.
A peça ainda não tem previsão para estréia, isso dependerá de alguns resultados de editais que estamos esperando.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Senhor Humor
O "Senhor Humor", personagem caricato de Espaço Outro interpretado por Renato Sbardelotto. Fotos de Rosano Mauro Jr.









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domingo, 30 de maio de 2010
Vídeo de Espaço Outro
Nesta cena de Espaço Outro, há uma música no interior da caixa. Mas para quem assiste a peça de fora, tudo está em silêncio, exatamente assim:
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sexta-feira, 28 de maio de 2010
Restam apenas duas apresentações: sexta e sábado às 16h30 na Praça Rui Barbosa.
Quem puder ir na sexta deve aproveitar, a tendência do sábado é a caixa encher demais.
Esperamos todos que ainda não foram.
Nos vemos lá!
Quem puder ir na sexta deve aproveitar, a tendência do sábado é a caixa encher demais.
Esperamos todos que ainda não foram.
Nos vemos lá!
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quinta-feira, 27 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
Última semana
Começou a última semana de Espaço Outro.
Hoje tivemos uma linda tarde de Sol. Esperamos que continue assim para podermos aproveitar toda a semana.
Só restam quatro apresentações...
Aproveite!
Hoje tivemos uma linda tarde de Sol. Esperamos que continue assim para podermos aproveitar toda a semana.
Só restam quatro apresentações...
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sexta-feira, 21 de maio de 2010
No Twitter
Retorno do público no Twitter:
Agradecemos a todos o carinho. Estamos imensamente felizes com conseguirmos afetar as pessoas.
Siga a ACRUEL no twitter e acompanhe você tbm: @acruelcompanhia
tiagoathayde: @acruelcompanhia poucas vezes me senti tão vivo na rui barbosa...paro e reparo que ao ver tmb sou visto, então decido se atuo ou se assisto
Allanlpereira: @acruelcompanhia pessoal, muito bom o trabalho e o projeto Espaço Outro. Parabéns!
fabipescara: Muito Lindo @acruelcompanhia !!!
fusaoderua: Já que é pra "sugestar": Eu quero @acruelcompanhia no @FITRioPreto2010
fertaka: Sábado foi dia de Espaço Outro, da @acruelcompanhia. Parabéns pela proposta, principalmente em Curitiba. Diversos olhares...
gustavo_stella: "É a partir daqui." Tô com isso na cabeça desde que vi "ESPAÇO OUTRO" da @acruelcompanhia
eusouumcarrinho: @acruelcompanhia pegou o espirito de Eu Tambem Quero Um Carrinho de Mercado ;)
Agradecemos a todos o carinho. Estamos imensamente felizes com conseguirmos afetar as pessoas.
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quinta-feira, 20 de maio de 2010
Quando a gente é feliz?
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quarta-feira, 19 de maio de 2010
Espaço Outro na Praça Rui Barbosa
Começa "Espaço Outro" na Praça Rui Barbosa.
De terça à sábado às 16h30.
Até o dia 29.
Entrada Franca.
De terça à sábado às 16h30.
Até o dia 29.
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Comentário no Blog da Gazeta do Povo
A jornalista Luciana Romagnolli fala sobre suas impressões da peça Espaço Outro no Blog Palco da Gazeta do Povo:
Quando a gente é feliz?
O texto crítico sobre a peça Espaço Outro deixo para os próximos dias, no jornal impresso. Agora, vou falar livremente um pouco de como o espetáculo me afetou. Afinal, para isso ainda vou ao teatro: ser afetada.
Numa contextualização rápida, entrei numa grande caixa transparente, de onde se avista a praça. Um narrador em off diz para onde devemos olhar e comenta as cenas que os atores protagonizam ao longe. Dos próprios atores não ouvimos (quase) nada. Suas ações são variadas. Há o rapaz que passa sob a chuva e outro sob o sol, os casais que se unem, separam e reconciliam. Todos, pequenos recortes descolados de um suposto contexto.
Pois bem. Depois que saí do polígono de acrílico a caminho do shopping Mueller, vi do outro lado da rua um rapaz se exaltar diante do guarda de trânsito. Na verdade, só o que eu vi foram os dois homens, um com a postura ereta, outro abrindo os braços enfaticamente uns 30 graus. Não ouvi o diálogo entre eles, não faço ideia do contexto, mas presenciei esse instantâneo daquelas duas vidas e disso posso imaginar ou concluir qualquer coisa. Como na peça. Fiquei pensando no tanto de gente desconhecida com quem "convivo" todo dia, no nada que sei sobre como vivem os outros.
A praça é por natureza esse lugar de encontros e desencontros. Mas não foram as despedidas nem as aproximações que me deixaram impactada desde que pisei fora da caixinha (de acrílico). Serei mais precisa: desde o momento em que avistei o elenco vestido de amarelo vibrante a dançar em plena Santos Andrade uma coreografia celebrativa do êxtase da paixão de um casal, tudo o que pude pensar foi: Quando a gente é feliz?
Sem ceticismo
Já no fim da peça, atores e atrizes ingressaram no nosso espaço de acrílico para escrever do lado de dentro das paredes translúcidas frases soltas, ao estilo "quero ser mãe", "ler um bom livro, preferencialmente tomando café" ou "uma boa noite de sono, sonho e sexo". A meu ver, respondem o que eu intimamente havia me perguntado uns momentos antes, durante a cena musical.
Relembrando as ações que mais repetidamente vimos de dentro da caixa, as respostas do grupo à questão são afetivas. Quantos pedidos de casamento eles encenam? Eu não contabilizei. Mas, basicamente, aquelas cenas dizem que feliz a gente é quando ama. Depois briga. Mas foi feliz. Acreditar nisso é um voto contra o ceticismo. Como também fazer uma cena de musical em plena praça ou insistir nessas referências a pedidos de casamento são votos contra o ceticismo. Contra sua insegurança arrasadora de que o amor é insuficiente e a felicidade, ilusão dos ignorantes.
O teatro é uma escolha contra o ceticismo. Dos atores, ao construir uma caixa de acrílico em pleno centro de Curitiba, para ficar no exemplo mais próximo. Do público, ao topar entrar na caixa, ao obeceder aos comandos da voz em off, ao se deixar afetar pelo que um outro grupo humano lhe propõe.
http://www.gazetadopovo.com.br/blog/palco/?id=1004290
Quando a gente é feliz?
O texto crítico sobre a peça Espaço Outro deixo para os próximos dias, no jornal impresso. Agora, vou falar livremente um pouco de como o espetáculo me afetou. Afinal, para isso ainda vou ao teatro: ser afetada.
Numa contextualização rápida, entrei numa grande caixa transparente, de onde se avista a praça. Um narrador em off diz para onde devemos olhar e comenta as cenas que os atores protagonizam ao longe. Dos próprios atores não ouvimos (quase) nada. Suas ações são variadas. Há o rapaz que passa sob a chuva e outro sob o sol, os casais que se unem, separam e reconciliam. Todos, pequenos recortes descolados de um suposto contexto.
Pois bem. Depois que saí do polígono de acrílico a caminho do shopping Mueller, vi do outro lado da rua um rapaz se exaltar diante do guarda de trânsito. Na verdade, só o que eu vi foram os dois homens, um com a postura ereta, outro abrindo os braços enfaticamente uns 30 graus. Não ouvi o diálogo entre eles, não faço ideia do contexto, mas presenciei esse instantâneo daquelas duas vidas e disso posso imaginar ou concluir qualquer coisa. Como na peça. Fiquei pensando no tanto de gente desconhecida com quem "convivo" todo dia, no nada que sei sobre como vivem os outros.
A praça é por natureza esse lugar de encontros e desencontros. Mas não foram as despedidas nem as aproximações que me deixaram impactada desde que pisei fora da caixinha (de acrílico). Serei mais precisa: desde o momento em que avistei o elenco vestido de amarelo vibrante a dançar em plena Santos Andrade uma coreografia celebrativa do êxtase da paixão de um casal, tudo o que pude pensar foi: Quando a gente é feliz?
Sem ceticismo
Já no fim da peça, atores e atrizes ingressaram no nosso espaço de acrílico para escrever do lado de dentro das paredes translúcidas frases soltas, ao estilo "quero ser mãe", "ler um bom livro, preferencialmente tomando café" ou "uma boa noite de sono, sonho e sexo". A meu ver, respondem o que eu intimamente havia me perguntado uns momentos antes, durante a cena musical.
Relembrando as ações que mais repetidamente vimos de dentro da caixa, as respostas do grupo à questão são afetivas. Quantos pedidos de casamento eles encenam? Eu não contabilizei. Mas, basicamente, aquelas cenas dizem que feliz a gente é quando ama. Depois briga. Mas foi feliz. Acreditar nisso é um voto contra o ceticismo. Como também fazer uma cena de musical em plena praça ou insistir nessas referências a pedidos de casamento são votos contra o ceticismo. Contra sua insegurança arrasadora de que o amor é insuficiente e a felicidade, ilusão dos ignorantes.
O teatro é uma escolha contra o ceticismo. Dos atores, ao construir uma caixa de acrílico em pleno centro de Curitiba, para ficar no exemplo mais próximo. Do público, ao topar entrar na caixa, ao obeceder aos comandos da voz em off, ao se deixar afetar pelo que um outro grupo humano lhe propõe.
http://www.gazetadopovo.com.br/blog/palco/?id=1004290
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