segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tudo está de cabeça para baixo

Os esquimós: sabe como eles imaginam o Inferno? Gelado.
E os russos: sabe como eles chamam a Montanha Russa? Montanha Americana.
E os peixes: sabe o que eles fazem quando vêm à tona? Eles prendem a respiração.

Márcio Mattana

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Nós vemos o passado. A velocidade da luz não é infinita. Para uma pessoa ver alguma coisa, é necessário que a luz reflita no objeto até chegar aos seus olhos. Mesmo quando vemos objetos que têm luz própria, vemos sua emissão de milésimos de segundos no passado. No caso de estrelas, este segundo se transforma em minutos, horas, dias, meses e anos. Milhares de anos, quando estes objetos são galáxias. Nós sempre vemos o passado, quanto mais longe o objeto, mais tempo demora para a luz atingir o nossos olhos. Se o sol se apagar, viveremos 8 minutos de ignorância, seguindo nossas vidas sem preocupação, até que toda terra se escureça. Sempre que olhamos o sol, olhamos o passado, sendo o mesmo valido quando olhamos a noite. Alias, o sol é o principal motivo para que enxerguemos na faixa visível do espectro. Não é coincidência o máximo de emissão do sol ocorrer nos mesmos comprimentos de onda em que são capazes de detectar os olhos de todos os seres vivos da terra. Mesmo que nenhum bicho tenha visão igual a nenhum bicho, nem mesmo um ser humano tem visão igual a um ser humano. O que temos de parecido é o tempo em que a imagem permanece fixa em nossa retina. Graças a esse fenômeno que existem os filmes, os desenhos e a mágicas, que brincam com a sucessão de movimentos que conseguimos ou não enxergar. Assim como o ventilador girando na mesma freqüência do piscar de uma luz parece parado, uma sucessão de imagens paradas cria um movimento perfeito, se considerando o intervalo em que a imagem fica fixa em nossa retina. O fato, que não vemos só com olhos. O fato, é que vemos sempre o passado, até quando não usamos os olhos. A quem não crê nessa informação, não afobe, não há problema, afinal o tempo é relativo, assim como é relativa a visão de cada olho.

Pedro Paulo Beaklini

Meio

A narrativa podia acabar no meio. porque se ela começa no fim a ordem dos fatores não alterará o produto. Até porque ele já é conhecido. Porque na verdade ele é que vem antes.

Eu lembro o dia em que caminhávamos. Tínhamos algo em comum, Seu lenço da cor de minha blusa . E fazíamos o par perfeito Vinho tinto e verde alface. Você me buscava. Não queria que eu fosse alem. Tudo era jogo. Os pequenos e grandes mistérios eram ditos com o olhar. Não nada de rebeldia. eu só queria viver como quisessem. Sem me preocupar com nada. So queira Ver.

Gosto muito de fotografia a algo dentro daquela câmera escura que me prende. Começo e não termino mais. sempre quero mais uma foto. Seus pés ficam lindos em um fundo branco. E há um momento em que a câmera dispara sem meu controle. Eu gosto do recorte que aquele momento traz. Não importa o que vem antes ou depois. Gosto desse momento. Sem nada, só ele e pronto. O meu meio. Os meus meios são vários. Um atrás do outro, mas nenhum veio primeiro. Estão todos ali, misturados, em meio a tudo.
Eu gosto de olhar e me intrometer em tudo isso com uma lente que não me pertence. E um dia a historia será contada sob meu ponto de vista. E você dirá que na verdade não era assim, mas não importa porque palavras me dizem pouco que importa são imagens. Sou como são Tomé preciso ver para crer. Tenho um grande olho que capta tudo. Zoom de mais de 20X. posso ver alem. Não precisa explicar nada. O que quero na verdade é a lagrima que escorrerá.

Emanuelle Sotoski

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