terça-feira, 19 de agosto de 2008

É disfarçar que nada acontece. Guardar tudo aqui dentro. E sentir um endurecimento. Eu sei que parece que nada acontece. Mas tudo turbilha. E por isso turbilha. Por saber que não vai sair daqui. Que tudo vai ficar aqui. E só esvaziar os pulmões, a cabeça, o coração e então sentir apenas frio.
Controlar.
Percebendo que as extremidades estão congelando. Mas o coração ainda não.
Respirar
Lá e agora. Disfarçando o que se quer extravasar. Mas pra quem? Pra você mesma isso já acontece. Só que em silêncio.
Na sua cabeça você cria historia, bola textos. Mas sabe que eles ficaram pra sempre aqui
Assim como a lagrima que teima em sair. Mas vc controla.
Controle
Um suspiro profundo.... Lá fora não
Aqui
Sempre aqui

Um dia quando inventarem uma maquina que capta pensamentos vcs saberão o que se passa aqui.




Emanuelle Sotoski

Pisar em ovos, a vida pode ser um eterno pisar em ovos se você não for um bom cozinheiro, afinal, se você pisa e os quebra pelo menos os aproveite num bolo, num omelete...
Cuidado com as receitas em que se separa a clara da gema, assim pisar em ovos pode ser mais difícil do que pisar em ovos.
Bem, receitas em que se separa clara da gema se faz da seguinte forma: pegue seu dedo do pé mindinho e quebre levemente a casca, assim o resto do procedimento será feito pelos dedões.
Não abuse dos pulos e saltos, assim não tirará proveito dos ovos quebrados...
Se preferir, bata tudo junto, ovos cascas e você... agora é só comer!


O mundo de cabeça para baixo é interessante, não precisa seguir as regras...
Ponta pé, ponta, pé, pé ponta, calcanhar, pulo, pé vertical, pé vertical horizontal, homem aranha... gruda os pés na parede e caminha sem se preocupar com os ovos que estão embaixo esperando que sejam quebrados...não,não preciso mais pisar em ovos,posso seguir andando pelas paredes.

Vai,volta, sente cada pedacinho das costas que encosta, massageia, chora, relaxa, interrompe. E passa, e base,e outra base, os ossos machucam as vezes, mas para ser uma base eles tem que ser fortes e rígidos para me agüentar,para agüentar tudo o que coloco nesse prédio.. melhor, edifício, não,buraco... mas o buraco não precisa de base, o que segura um buraco? As coisas que não tem base são sempre coisa intocáveis..mentira, a base familiar é tocável..depois passa a ser intocável.
A santa ceia é uma coisa de base,ali estão a base da sociedade tocável.. ó cristo, porque fizeste isso comigo, não t toquei e logo não me conformei com a sua historia...
Porque as coisas crescem para cima? Tem alguma ligação com Deus? Nós crescemos para cima, os prédios, os números... tem gente subindo a escada, e sobe como plantas, como pássaros,como aviões, como a Nasa.
Procuro minha base no outro corpo,o suporte físico do meu edifício, que já parece o Palace II, estou prestes a desmoronar por dentro, até onde posso subir pelas paredes sem demoli-las? A bola de aço contra a parede, o método mais grotesco de demolição de edifícios, ainda prefiro o dinamite, mas o prazer é muito instantâneo,muito menor que o lego, parecido com os castelinhos de areia na praia. Nunca fiz uma boa estrutura de castelo, acho que é aí que está me problema de base, nos castelos da minha infância, quando os castelos caíam... nunca fui insistente em deixá-los em pé,por isso nunca fui a princesa que ali dentro habitava. Mas sempre gostei de véus e fantasia.
Coloco no papel as amarguras de construir castelos tortos com véus coloridos.

Rubia

segunda-feira, 18 de agosto de 2008


A minha vida é senão um boneco de posto. Só você me faz assim, com uns membros esvoaçantes e outros fincados no chão.

TESE


E se eu tivesse PARABRISAS ao invés de pernas? É claro! Tudo tem mais sentido! Pensamos no que é o parabrisas. Ele é senão um limpador da visão. E se nós, dependemos do caminho que escolhermos para só então continuar nossas vidas, é muito mais óbvio que um parabrisas seja mais útil que as pernas. Nós saberíamos completamente para onde estamos indo!

Sabe mobilidade?
Sabe os ossinhos que doem?
Sabe as unhas quando fazem barulho?
Sabe ansiedade?
Sabe quando você corta muito as unhas e tudo parece mais sensível?
Sabe anel?
Sabe que existe também para o pé?
Sabe esmalte? Sabe aqueles vermelhor ou renda ou café ou fosflorecente?
Sabe quando você escolhe um deles?

É sempre assim: ou você chega com a cor já escolhida (francesinha com uma mão de renda) ou você fica em dúvida (rebu com cadé ou quatro mãos de camilla). Aí você ques experimentar todos pra ver como fica. E a manicuri quer te matar, mandando você ir embora só com essa base sem graça (e sem limpar os cantinhos). E então você fica sem escolhas e então você vai embora só com a base borrada que deixa a pele dura e com cheiro forte.
Por isso você não quer mostrar pra ninguém! Usa luvas e sapato fechado (pra Curitiba não vai nada mal). E você decide não sair de casa, fica sozinha comendo pipoca - tudo por conta do rebu com café ou quatro mãos de camilla - e você fica em casa comendo pipoca, sozinha e assistindo tv. Hironicamente no canal 47 está passando "Alta Fidelidade" justo a cena do cigarro e a cheva. E você chora TORRENCIALMENTE. Decide passar o "rebu" nas unhas apáticas, pra ver se passa! Mas a única coisa que te resta é um batom vermelho a la CORINGA!

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