quinta-feira, 6 de maio de 2010

Matéria na Gazeta do Povo

A praça vista de dentro de um cubo de acrílico

Publicado em 06/05/2010
Um cubo de acrílico foi armado no meio da Praça Santos Andrade pela companhia ACruel. Dentro dele, fica o público. Fora, entre os transeuntes, estão os atores inventando cenas que se misturam aos acontecimentos espontâneos da região central da cidade. Ainda que uma voz em off ouvida no interior da estrutura transparente oriente o olhar dos espectadores para reconhecer as situações encenadas ao redor, há uma pluralidade de pontos de vista em questão no espetáculo Espaço Outro.
Afinal, quem passa pela praça também pode virar espectador, por vezes sem distinguir se a cena que acontece ao lado é ficção ou vida real. E mais: torna-se espectador do próprio grupo enjaulado, acompanhando de fora suas reações.
“Esse formato veio de uma discussão do porquê ainda tínhamos interesse no teatro, se existem outras formas de arte que interessam mais ao público em geral”, conta atriz Ana Ferreira. “Como o mais forte no teatro é a presença do ator, decidimos relacionar, de alguma forma e fortemente, a presença do espectador também.”
Quem fica dentro da caixa é espectador privilegiado. É informado pela voz em off do que ocorre ao redor, embora nada seja dado facilmente, mas por uma espécie de jogo. “Eles são desafiados a procurar as cenas, não ficam passivos”, diz Ana.
Espaço Outro é a segunda montagem do grupo formado por Ana e Emanuelle Sotoski, que escreveram o texto com Rubia Romani. O trabalho de estreia dessas garotas foi Aranha Marrom Não Usa Roberto Carlos, apresentado na última Mostra Novos Repertórios. As estruturas das encenações são diversas, mas algumas características sobrevivem, marcando a personalidade da jovem companhia: “Fazemos de forma lírica, mas quebrando com irreverência, uma tiração de sarro mesmo, através de uma linguagem pop”, define Ana.
A nova peça estreou terça-feira (4) driblando contratempos. Na montagem, a caixa caiu e quebrou. Foi preciso refazê-la na hora, causando um atraso de 15 minutos – a encenação não dura muito mais do que isso: meia-hora. “Apesar desse inferno todo, foi boa a peça”, diz a atriz. “As pessoas se envolvem mesmo, era o que a gente queria.” (LR)
Serviço
Espaço Outro. Praça Santos Andrade – Até 15 de maio. Praça Rui Barbosa – de 18 a 29 de maio. Terça a sábado às 16h30. Entrada franca.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Tivemos estreia hoje. Depois de muitas complicações (acreditem, nossa caixa quebrou na hora de ser montada e teve que ser refeita na pressa), ocorreu tudo bem na apresentação. Agora é só alegria. Estamos esperando todos lá! Quando você vai?

Público da estreia de Espaço Outro


Praça Santos Andrade: de 4 a 15 de maio.
Praça Rui Barbosa: de 18 a 29 de maio.
De terça a sábado, às 16h30.
Entrada Franca.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Chamada na Rádio Brasil

Ouça a chamada de Espaço Outro na Rádio Brasil, nossa apoiadora:



Rádio Brasil: www.sitedabrasil.com.br

ACRUEL na Jovem Pan

Agende-se:
Na próxima segunda (3) a ACRUEL fala ao vivo sobre a peça Espaço Outro na Rádio Jovem Pan de Curitiba (103.9).
A entrevista é durante o programa de humor "Boa da Pan", das 19h as 20h.
NÃO PERCA!
Sintonize na Jovem Pan nesta segunda.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Espaço Outro e o Público

A tentativa neste projeto é de, através da infiltração no espaço público, estabelecer um discurso no qual a exibição artística se mescle à vivência cotidiana permitindo um contato mais íntimo do artista com os cidadãos.Sua estrutura permite o alcance quantitativo de público, pois este é tanto os que se encontram na caixa, quanto os que estão em todo o quarteirão. Além deste fator, sua linguagem contemporânea importa-se em ser atraente à apreciação da platéia, seja ela qual for.A rua como espaço artístico, por si só, já é democrática, mas no caso deste projeto, esta característica é ainda mais forte. “Espaço Outro” leva ao espaço público um trabalho de linguagem contemporânea, com uma composição constituída por diferentes camadas as quais cada espectador, de acordo com suas referências de vida e a arte, pode aproveitar a sua maneira. As histórias, a instalação da caixa, as intervenções na rua, as estéticas de cada uma das cinco partes, a brincadeira de onisciência, permitem às pessoas se interessem por diferentes possibilidades de relação com esta obra.


As criadoras na pra Rui Barbosa. Da esquerda para a direita Emanuelle Sotoski, Ana Ferreira e Rubia Romani.
Foto: Cleydson Nascimento.

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