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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Quinta das cores



Nossa quinta foi mais colorida do que o imaginado. Depois de termos pegado o pique dos teste na rua, hoje testamos três roteiros diferentes: o amarelo, o verde com roxo e o branco. As cenas mais próximas exigiram mais uma decisão de marcação por enquanto. Depois elas serão ensaiadas em espaço fechado para voltarem para a praça.
Deixamos a encenação do final ainda em aberto, vamos dar mais atenção a ela depois de uma grande conversa que teremos sobre imagens e sons desejados amanhã.
Fizemos um mapa de marcações. Ele é muito importante, já que são muitas pessoas em uma espaço muito grande. Por ele, deu pra perceber algumas necessidades específicas que alguns atores terão. Por exemplo, alguns atores terão que ter contra-regras exclusivos e outros precisam sair de cena antes que ela acabe porque têm menos tempo de locomoção.
Tudo parece muito mais concreto agora, mas não estamos pulando etapas. Queremos sempre cuidar dos detalhes ao mesmo tempo em que nos voltar para o objetivo maior de tudo. Por isso, amanhã teremos novamente um dia de recolher referências de imagens. São estas discussões e estas pausas para nos alimentar que têm feito o processo ser tão rápido com resultados provisórios tão bem sucedidos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Quarta azul



Hoje foi o dia de testar o roteiro azul, ver distâncias e necessidades de cada ação. Foi muito bom para ver que o figurino azul precisa de uma atenção especial, pois com a distância ele é mais difícil de ser percebido.
Também escrevemos algumas falas. Elas precisam soar naturais mesmo que o público da caixa não as ouça, pois as pessoas que estão perto da ação não sabem que se trata de ficção.
Amamhã, aceleramos e testamos duas fases, a amarela, e a verde com roxo. Isto porque a amarela demanda menos texto e, por isso, é mais rápida de ser pensada. A chuva, até então, tem caído na hora certa: quando já acabamos os testes práticos e precisamos sentar no café para escrevermos. Que assim continue!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Terça vermelha


A ACRUEL já retomou o processo criativo do Espaço Outro e começa os experimentos na rua hoje.
O principal objetivo desta semana é perceber como as ações são observadas à distância que cada uma propõe. Ao mesmo tempo, queremos testar a relação de cada ação com as pessoas que cruzam com elas.
Existem cinco roteiros de ações elencados por cores (nos quais a participação das pessoas aqui pelo blog foi muito importante). Hoje é o dia de testar as ações vermelhas.
O que esperar de ações vermelhas?

domingo, 24 de janeiro de 2010

ACRUEL na Gazeta do Povo

A ACRUEL está na Gazeta do Povo de hoje, que fala sobre os projetos para 2010 de dez companhias de Curitiba. Confira a matéria de Luciana Romagnolli no link abaixo.


http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=966717&tit=O-mapa-da-temporada

Abaixo, o trecho sobre a ACRUEL:

"Público encaixotado

Em maio, ACruel deve prender a atenção em quatro praças da cidade com Espaço Outro, espetáculo subsidiado pela Funarte. Em cada local, será instalada uma grande caixa transparente, de dentro da qual o público verá (e ouvirá por narração em off) a ação que se desenrola na rua, entre os passantes".

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"É uma vez e para sempre" em cena

A ACRUEL já rertornou das férias.
Antes de retomar o processo criativo do "Espaço Outro", voltamos a dar uma atenção para o "É uma vez e para sempre", espetáculo que acabou ficando pra mais tarde, mas que ainda está nos nosso projetos.
Pra ter uma idéia do que se trata, acompanhe abaixo um pouco do que a peça propõe cenicamente:

A acuidade visual é um caráter importante desta montagem, principalmente por tratar de um tema onde impera a fantasia e o simbolismo - os contos de fadas. O cenário e o figurino são formados por diferentes consistências do plástico, criando um ambiente de cristal – belo, perfeito, durável e frágil – industrial e contemporâneo. Tudo é branco, desde a caixa cênica até roupas, acessórios e móveis. Tem-se, assim, a atmosfera gélida ideal para os sentimentos de infinito, abandono, vazio e desencontro que permanecem na maior parte das histórias. O momento no qual a visualidade do espetáculo se altera é na última cena, constituída pela celebração padrão do final feliz. Cores vivas mudam o clima, dando-lhe leveza e alegria. Estes diferentes tons aparecem na mesa de um grande banquete.

Na ação cênica, a importância visual é dada aos corpos das atrizes. A proposta é que eles construam imagens da brutalidade e do divertimento, essências dos contos de fadas. Para isto, seguindo o mesmo formato dinâmico do texto, sobrepõem-se formas espetaculares. Faz-se uma montagem ou colagem de figuras diversas, técnica própria da Pop Art.

Aqui, usa-se da linguagem contemporânea do consumo, o Pop, para elucidar o que os personagens dos contos de fadas são na memória ocidental: símbolos do desejo. As representações complexas cultivadas em nossa tradição ganham este corpo para potencializá-las na sociedade atual, já que ele carrega a popularidade e os traços fortes necessários. Desta forma, duas partes do imaginário que cerca a vida cotidiana e as massas se encontram e se fortalecem: a Cultura Pop e a Popular.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fim de 2009



Ebaaaaa!! Temos um roteiro fechado!!! Ai que emoção! Estamos muito felizes com os resultados de até então. Este é um trabalho sem contra-indicações, uma obra para cada espectador poder chamar de sua. Um espetáculo para observar, para tomar pra si, para agir.

O roteiro construído está fechando o 2009 da ACRUEL com um laço vermelho de veludo bem bonito, que só vai ser cortado em janeiro quando retornamos com o processo criativo iniciando a fase prática.

Desejamos um belo encerramento pra você também, e uma entrada estrondosa em 2010. Te esperamos aqui no mês que vem, nos fazendo companhia nesta viagem.
Hoje, definimos o roteiro base do "Espaço Outro", o roteiro do qual partem todos os RE's (repetição, refazer, recontar, re-significar, reciclar). Nesta linha condutora, a ação é poesia. É a poesia das possibilidades, das permissões, das vivências.
Chegamos a conclusão que, definitivamente, não estamos fazendo um happining ou um mob (estes eventos que colocam no espaço público um acontecimento inusitado). Trata-se de algo que pode parecer bizarro para nós e o nosso histórico em arte: estamos fazendo um espetáculo na rua. Mas trata-se de um espetáculo contemporâneo, que dá a ver a partir de outros olhos, de uma nova poética, uma poética pop, cruel e sublime. O inusitado e o comum trabalham juntos. Movem-se. Sempre.
Durante o restante da semana, estaremos trabalhando em cima do roteiro base para REorganizá-lo segundo nosso jogo do RE. Vamos colorir.
Quer brincar também? Basta responder às questões colocadas nos posts anteriores.
Beijos!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A receita

Depois de uma semana de discussões e esclarecimentos, entraremos agora na criação cênica. Ela será toda baseada em uma "receita" para a composição desta obra. Esta receita envolve objetivos artísticos e estratégia de ação. Abaixo, selecionei um pouco da receita para apresentar a vocês. Aproveitem:

A caixa transparente, o espaço outro neste espetáculo, não é o local para a ação. Ela é o instrumento que dá ao público a habilidade de leitor onipotente – aquele que percebe e observa algo a mais na realidade. Os performers na rua estão inseridos no espaço real, naquele em que a vida deste leitor (que neste momento só tem a opção de ler) acontece.

A obra Espaço Outro, além de cuidar da fruição artística, possui um segredo a ser desvendado, um desafio às habilidades cognitivas do espectador. Este desafio é apenas um convite, não há a obrigação de se aceita-lo para estar inserido na obra, pode-se apenas deliciar-se com a potência das imagens.

Espaço Outro tem uma estrutura ligada a preposição “re”. A repetição acontece do início ao fim do espetáculo. A cada nova, tem-se uma espécie de nível diferente do jogo, onde é possível refazer/reviver/reciclar/re-significar as ações.
As cores auxiliam nesta re-significação, na expressão do estado interno.
Apesar do "re" ser uma volta ao passado, ele caminha para o futuro, como na idéia da contagem regressiva.

Bom, por enquanto adianto isso. Mais adiante, conversamos um pouco mais. Até!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

News

A ACRUEL está desenvolvendo um site pra você poder ter acesso as informações sobre os nossos projetos de forma organizada. Em breve, ele estará online.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

News

A ACRUEL está retomando o processo criativo do Espaço Outro.
Ainda não podemos revelar questões criativas.
Mas já temos boas novidades, a data de temporada, é maio de 2010.
Em breve, mais novidades.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Espaço Outro nas ruas em 2010

Oba, oba! Sorriam! A ACRUEL Companhia tem uma ótima novidade para todos: nós fomos aprovados no edital da Funarte, o que significa que o projeto Espaço Outro será subsidiado e estará nas ruas de Curitiba em breve.

Espaço Outro é um projeto que pretende a instalação de uma caixa portátil transparente em diversos espaços públicos de Curitiba. O público assiste ao espetáculo de dentro desta construção, junto a uma narração. Lá fora, infiltrados em meio aos transeuntes, estão os atores que conduzem a ação.

Apreciem como será a caixa no desenho abaixo. Ainda no primeiro semestre de 2010, ela estará nas ruas.


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pelo buraco da fechadura

Querem saber um pouco sobre como anda o processo do espetáculo "É uma vez e para sempre"? Vai aqui uma ou duas olhadas rápidas pelo buraco da fechadura:

A ACRUEL já tem o projeto base dos figurinos para o espetáculo.
Teremos em cena um falso mundo de cristal, um cristal plastificado e pop.
Os figurinos serão desenhados pelas talentosas artistas Fabianna Pescara e Renata Skrobot.

O roteiro foi escrito aos moldes do cinema: sentadas em uma mesa, tomando café, conversando, criando e escrevendo. Toda a sua base está fechada. Ele mistura leveza e comicidade às tragédias naturais dos contos de fadas. Não revela de modo óbvio como são as histórias originais (quem anda acompanhando o blog já conhece tudo isso), mas se baseia inteiramente nestas versões revelando seus lados muito mais cruéis e grotescos em relação as versões infantis.

Agora, iremos entrar em fase de criação em sala de ensaio. A partir daqui, novos colaboradores começam a participar do processo. Serão diferentes pessoas, já que a peça pretende atingir uma ampla gama de gostos.

Estamos em em trânsito de fechar os locais das temporadas (sim, já tem mais de uma em vista). Teremos novidades até o fim do mês.


Por enquanto é só. Mas continue acompanhando e sabendo mais.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cena da Maçã da Branca de Neve

PS: Os textos aqui inseridos não farão parte da peça, são textos que surgiram no processo.


A cena é sombria. Temos medo da senhora que fala. Ela é gentil, mas horripilante. Não há ninguém em cena além dela. Ela fala voltada para a platéia, mas como se a menina estivesse na sua frente.

VELHA- Menina, você pode oferecer um copo d’água a uma velha senhora cansada? (pausa) Oh, não se assuste criança, sou apenas feia, mas não tenho um corpo que me permita te fazer mal. (pausa) Obrigada, menina. Você é muito gentil. (pausa) Linda criança, é tão bela. Sua feição carrega juntas a pureza e a força. Você pode ser ainda maior, sabia? Com seus sete aninhos de idade você já pode ser a fêmea mais desejável que existe. (pausa) Você quer os conselhos de uma mulher vivida? Aproveite-se disso, garota! Olhe para mim, um dia você vai ser assim, e aí terá que mendigar um copo d’água. Agora veja você, recebendo ajuda de gentis homens a todo o momento, todos prontos a arriscar o próprio pescoço por você. E você nem teve que se esforçar. Dê a eles o que eles querem e você verá tudo o que pode uma pequena menina como você. Mas não ceda a todos, querida, apenas conquiste-os. Você deve continuar sendo um objeto raro, o diamante que causa a guerra por ser prêmio dela. Você pode ter muito mais do que tem conseguido até agora, minha jovem. (pausa) Eu já estou velha e morrerei logo, por isso já está na hora de passar a diante minha sabedoria e minha magia. E você, você tem potencial, minha jovem. Você vai cuidar bem das minhas coisinhas. Tome! Um pente preto como seus cabelos e uma fita branca como a sua pele. Use-os para arrancar toda a energia que existe na sua alma. Lembre-se, pequena, você pode fazer mágica. Ah, eu já ia me esquecendo. Pegue esta maçã. Veja, é tão vermelha quanto as maçãs do seu rosto. Esta é a fruta do amor, querida, de hoje em diante a fruta da qual você se alimenta, e a fruta da qual você oferece.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Hoje é o seu dia, que dia mais feliz!

Emanuele Sotoski em As Ruas de Bagdá ou Aranha Marrom não usa Roberto Carlos da ACRUEL Companhia.

Hoje é aniversário da atriz e criadora cênica Emanuelle Sotoski. Ela, que está na ACRUEL desde o início, tem uma cara de brava na vida real, mas no palco sabe muito bem mostrar seu doce.

Manu, nós amamos seu trabalho e sua existência ao nosso lado. As suas amigas da ACRUEL te desejam muita criatividade, persistência, amor, prazer e felicidade!
Quantos anos ela está fazendo, é melhor perguntar pra ela... :D

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ana, Rúbia e Manu reunidas no Jacobina, confabulando sobre a nova
peça da Acruel Companhia, "É uma vez e para sempre".

domingo, 23 de agosto de 2009

Dos Anseios

O que a ACRUEL aqui se propõe é estabelecer um jogo entre os estados reais, e participativos da vida cotidiana, e os utópicos, induzidos pela representação teatral, sendo estes estados definidos pelo espaço. Quer-se a criação de um ambiente heterogêneo, no sentido de que pertença a todos e tenha livre acesso, mas não público, uma vez que se demarca diferente deste, um outro que ali se encaixa com sentido metafórico. A proposta é ainda que este lugar seja um ponto de observação do espaço público e das histórias que ele conta, porém com caráter fictício, transformando também o significado do espaço real lá fora.
Para tanto, ainda se faz necessário pensar na estrutura dramatúrgica das narrativas. Inspirado na idéia dos jardins persa descritos por Foucault, que contêm a representação de tudo o que existe no universo, este projeto procura o que há de mais universal nas histórias humanas e a adaptação destas para a nossa sociedade e cultura. É inserida no contexto deste anseio que a ACRUEL vêm pesquisando os mitos ocidentais que influenciam diretamente em nossa formação social: religião, histórias e mitologia da antiguidade, contos de fada. Ultimamente a companhia vem focando neste último, que contém em si, de forma lúdica, toda a bagagem dos outros. A busca é identificar a relação tanto da sociedade quanto dos agentes criativos em particular com os contos de fadas e, depois, re-localizar na rua o material levantado, transformando o real em fantasia.

O Projeto

Espaço Outro é um projeto que pretende a instalação de uma caixa portátil transparente em diversos espaços públicos de Curitiba. O público assiste ao espetáculo de dentro desta construção, junto a narradores. Lá fora, infiltrados em meio aos transeuntes, estão os atores que conduzem a ação.

domingo, 9 de novembro de 2008

Sobre Velhas e Novas Fotos - Da teia de Bagdá a Mosca na Sopa






Aranha não é pirata, aranha não faz guerra. Nem tudo é o que seus olham vêem. Aranha não é pirata, aranha não faz guerra. Emaranhados de fios que deveriam levar luz acabam levando escuridão, aranha não faz pirataria, aranha não faz guerra. Quem sofre com a escuridão provocada pela longa teia elétrica não é vilão, nem mesmo é pirata, mas é vitima, é triste, é mosca presa na teia da guerra. Pirata rouba ladrão, pirata rouba mocinho, pirata rouba de tudo, seja no mar ou seja na terra. Pirata também faz teia, mas pirata não é aranha, pirata não tem oito olhos , não tem pernas e nem come mosca. Já a mosca é secundária nessa teia falsificada, mas ela também tem olhos, milhões de olhos divididos em dois, mas a mosca não é aranha, nem mesmo é pirata, a mosca é apenas vítima da guerra. Olhando com outros olhos aquela teia colossal, não é coisa de pirata, nem é coisa de aranha, mas é o fardo da guerra. Curioso mesmo, é que a teia, que pode ser da aranha, do pirata ou da guerra, pega sempre a mesma mosca, com milhões de olhos representados em dois e milhares de cidades representadas em uma. Como fazer para aliviar o sofrimento do mísero inseto? Talvez torcer para que o mundo pare de se preocupar com a teia, e comece a se preocupar com a mosca, seja ela vítima da aranha, do pirata ou da guerra. Alguém pode, por favor, acender a luz?

Fale com a minha mão!

- Então mão direita? Nada como um dia após o outro. Justo você que sempre me criticava de ser tão controladora, não é que comete o mesmo mal?
- Não me amole, de todos os meus problemas o que menos me preocupa é o seu sarcasmo.
- Hahaha. Que bom que o mundo gira. Tome cuidada mão direita, para resolver os seus graves problemas está utilizando os meus princípios, outrora tão criticados pela sua intelectualidade e que após esta turbulência pode lhe provocar uma grande dor de cabeça. Algo como uma ressaca mental.
- Você fala como se nunca tivesse errado. Você só sabe de teoria e no fundo inveja minha praticidade que fez o tal mundo girar.
- Isso são coisas dos seus olhos. Seus mesmos olhos que me acusava de pedófilo, de drogado, de robô.
- Pois, ora, mão esquerda, se seu mundo fosse perfeito não estaria sentada em ruínas, torcendo para que meu destino seja igual ao seu.
- No meu ponto de vista o seu mundo já era, enquanto meu mundo nunca foi, mas será, no futuro do indicativo.
- Pois bem, por isso o homem, como ser humano, primata, tem dois olhos. Um olho para cada mão.
- No meu olho você está patética neste disfarce de mão esquerda.
- No meu olho, o seu fracasso foi o melhor que poderia ocorrer à humanidade. Como queria que prosseguisse a complexidade das relações sob a égide da sua batuta?
- Eu nunca fracassei, se quer estive próximo das relações ideais. Fui envenenado antes pelo seu veneno negro, que até hoje atinge os meus restos mortais.
- É fácil me culpar. Porque não culpa a mente humana pelo seu fracasso.
- Já disse que nunca fracassei.
- Isso depende do olho. Cada mão com o seu olho.
- Pois bem, e é melhor assim, olho direito para mão direita, olho esquerdo para a mão esquerda. Assim como a aranha que tem oito olhos para as suas oito patas, o ser humano tem dois olhos para suas duas mãos.
- Lá vem você querendo controlar tudo de novo. Quem disse que o ser humano tem apenas dois olhos.
- O do século XX tinha.
- E o homem do século XXI?
- Esse talvez só tenha um olho...o seu.
- E tomara que continue assim. Mundo moderno benzinho.
- Quem é você pra me falar de modernidade?
- Sou a mão do século XXI
- Depois desse seu descontrole de tentar controlar, tome cuidado. Rompimentos de paradigmas geram marcas que nem mesmo o seu dinheiro pode curar. Surgirão outras mãos, ainda neste século, e quem sabe até eu retorne?
- Então volte como outro olho, esse seu já ta gasto.
- Mas me resta alguma coisa para ver o seu declínio.
- Tá gasto e burro. Realmente crê que este é o fim? Já passei por coisas piores.
- Mas nunca foi controladora.
- Já fui, só adicionei o Neo e fingi que não era comigo.
- E o que vai fazer agora? Colocar o fim?
- Isto é relativo. Talvez eu ponha um acento, mas não se preocupe, o meu mundo se auto-sustenta.
- Isso são coisas dos seus olhos Torcerei para que neste século, as mãos vindouras não cometam nossos erros.
- É...talvez sim, talvez não. Quem sabe no seu olho, talvez um dia, você entenda que eu nunca estive tão errada?
- Mas precisava causar tanto sofrimento?
- Faço a mesma pergunta pra você...

Pedro Paulo Beaklini

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tudo está de cabeça para baixo

Os esquimós: sabe como eles imaginam o Inferno? Gelado.
E os russos: sabe como eles chamam a Montanha Russa? Montanha Americana.
E os peixes: sabe o que eles fazem quando vêm à tona? Eles prendem a respiração.

Márcio Mattana

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