segunda-feira, 28 de março de 2011
Convite!
Algumas ações são pequenas e infiltradas entre as pessoas comuns, outras intervêm no movimento natural do lugar. Assim, enquanto os espectadores da caixa têm uma orientação objetiva (só eles sabem tudo o que está acontecendo) e subjetiva sobre as ações, os passantes têm uma percepção espontânea das mesmas. Estes últimos observam, ainda, a grande caixa de acrílico com indivíduos encerrados, que acaba por se transformar em uma obra das artes visuais. Desta forma, todo público que observa, é também observado por outro.
Mesmo que existam muitas formas de se relacionar com a peça, Espaço Outro privilegia o público da caixa. A maior característica do trabalho é dar a estas pessoas o poder de Onisciência. A narração lhes permite saber mais sobre o presente, e até um pouco sobre o passado e futuro, do que as pessoas que vêem de fora.
A caixa é um ponto de observação do espaço público e das histórias que ele conta, porém o caráter fictício transforma seu significado. Este jogo entre realidade e representação teatral permite novas visões sobre este ambiente, mais atentas e sensíveis. Mas, como todo jogo, trata-se de um desafio. O espectador deve ir descobrindo a melhor forma de lidar com a narração.
Ficha técnica:
Texto e direção: Ana Ferreira, Emanuelle Sotoski e Rubia Romani.
Interpretação: Ana Ferreira, Emanuelle Sotoski, Alessandro Ferreira, Cláudia Souza, Eduardo Walger, Elton Krug, Isadora Terra, Juliana Gomes, Renato Sbardelotto, Roger Batista, Vida Santos, Vivian Schmitz.
Narração: Lui Riveglini, Vivian Schmitz, Ana Ferreira, Luiz Bertazzo, Emanuelle Sotoski e Cleydson Nascimento.
Produção Sonora: Daniel Starck.
Realização: ACRUEL Companhia
Serviço:
Sexta - 01/04 - 15h
Sábado - 02/04 - 17h
Sexta - 08/04 - 17h
Sábado - 09/04 - 15h
Praça Santos Andrade (em frente ao teatro Guaíra).
domingo, 20 de março de 2011
Dirty Dancing Party - aquecimento festivo
quarta-feira, 9 de março de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
Horários de Espaço Outro no Festival de Curitiba
Sex - 01/04 - 15h
Sáb - 02/04 - 17h
Sex - 08/04 - 17h
Sáb - 09/04 - 15h
Sempre na Praça Santos Andrade e com entrada franca.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
As Rainhas Malvadas de Branca de Neve
A Disney prepara uma outra versão do conto em live action, intitulada “Snow and the Seven”. Michael Arndt, de "Toy Story 3" e "Pequena Miss Sunshine", foi contratado para roteirizar uma nova versão da história. Nenhum nome ainda foi anunciado no elenco, mas Natalie Portman tinha sido indicada como possível protagonista. Porém, a gravidez da atriz pode ser um empecilho para sua participação no longa. O filme será dirigido por Francis Lawrence. O longa irá se passar durante o século XIX na China. Na história, uma nobre inglesa viaja até Hong Kong para o funeral de seu pai, mas sua malvada madrasta está arquitetando planos diabólicos contra ela. A jovem consegue escapar para o interior do país, e refugia-se com sete guerreiros internacionais, que a ensinarão a lutar para vencer sua nêmesis.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Notícias
Para saber mais sobre o movimento: http://movimentodeteatrodegrupo.blogspot.com/
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Espaço Outro no Festival de Curitiba
sextas (01 e 08/04) às 17h e sábados (02 e 09/04) às 15h.
Sempre na Praça Santos Andrade e com entrada franca.
Estaremos integrando o Coletivo Pequenos Conteúdos. Saiba mais em: http://www.pequenosconteudos.blogspot.com/
sábado, 15 de janeiro de 2011
A arte do ator
"Paradoxalmente ele interpreta a si mesmo enquanto representante do gênero humano nas condições contemporâneas. Choca-se na sua palpabilidade espiritual e corpórea com um certo modelo humano elementar, com o modelo de um personagem e de uma situação, destilados do drama: é como se literalmente se encarnasse no mito. Não as analogias espirituais com o protagonista criado, não as semelhanças dos comportamentos, próprias de um homem fictício em circunstâncias fictícias. Desfruta o hiato entre verdade geral do mito e a verdade literal do próprio organismo: espiritual e físico. Oferece o mito encarnado com todas as consequências, não sempre agradáveis, de tal encarnação.
Se - suponhamos - faz um comandante que morre em batalha, não procura reproduzir em si a imagem de um verdadeiro comandante que realmente está em agonia no tumulto do combate; não procura o que aquele pode sentir e como se comporta, para depois viver e reproduzir subjetivamente no palco de modo crível, orgânico este conhecimento de algum modo objetivo sobre os comandante agonizantes. Ao contrário, no próprio fato de que alguém se imagine como um comandante agonizante, poderá encontrar-se a própria verdade, o que pessoal, íntimo, subjetivamente deformado. E então, por exemplo, representará o próprio sonho de uma morte patética; a nostalgia de uma manifestação heróica; a humana fraqueza de sublimar-se às custas dos outros, desvelará as próprias fontes, uma após a outra, como se desnudasse o tecido vivo. Não recuará devendo violar a própria intimidade, os motivos pelos quais se envergonha. Ao contrário, o fará até o fim. É como se oferecesse - literalmente - a verdade do seu organismo, das experiências, dos motivos recônditos, como se oferecesse aqui, agora, diante dos olhos dos espectadores, em não em uma situação imaginada, no campo de batalha. E assim responderá à pergunta: como ser um comandante, sem ser um comandante? Como morrer em batalha, sem combater, nem morrer? Cumprirá o ato de desnudar-se dos próprios conteúdos secretos, de sacrificar as falsidades superiores sobre o altar dos valores" (p. 92-93).
Artigo A arte do Ator, de Ludwik Flaszen. In O Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski. São Paulo: Perspectiva/Edições SESC SP, 2010).
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Da dialética da apoteose e da derrisão
"O cerimonial teatral é uma espécie de provocação. Uma provocação que tem a finalidade de atacar o inconsciente coletivo. Daí deriva o atuar com os opostos: expor coisas sublimes de modo bufonesco e, ao contrário, coisas vulgares de modo elevado (...). Daí o tom sagrado que oscila na fronteira entre seriedade e paródia: o achado preferido de Grotowski é a introdução de alusões litúrgicas no modo de falar e no gesto. E o tom blasfemo. A brincadeira perversa com as coisas sacras, o incessante cortejo de valores comuns e de convenções colocado em movimento circular em torno do eixo que tem por nome: inquietude ligada a visão de mundo. Eviscerado das suas imagens habituais, que o espectador perceba a relatividade e a bizarria dele. E o fato que - malgrado aquela relatividade e aquela bizarria - está condenado a elas" (L. Flaszen citador por Grotowski. O Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski. São Paulo: Perspectiva/Edições SESC SP, 2010).