sexta-feira, 15 de agosto de 2008


De repente viro com o meu cefalotórax para cima. Sinto que sou completamente frágil, minhas patas não possuem força para afastar o urso que veio me amedrontar, veneno onde?
Se foi. Não consigo ver meu tórax, muito menos meu órgão sexual, onde está meu canal de prazer, mão me toco porque não sei onde fica, precisaria de patas elásticas para me fazer uma cosquinha. A vida de cabeça para baixo é tão desinteressantes quanto a vida de cabeça para cima, meus pensamentos é que ficam próximos do chão, meus pés é que ficam próximas das estrelas, pelo menos não caio, corpo e pensamento dissociados entre o céu e a terra, a terra engole meus pensamentos, de acabar com o mundo. Os pés conversam com os anjos pelados que pedem permissão para descer, aqui na terra seu órgão sexual vai ser coberto por uma caixa com o selo dos correios e mandado para outro lugar, aqui não pode o órgão se mostrar bonito e com vontade, só dentro da caixinha.
Me vire, o mundo se destruirá em 1 minuto. Alguém me vire senão a terra vai querer brincar de dominó, e eu não quero porque esse jogo é muito antigo. Quero poker na Internet e meus amigos virtuais.

Rubia

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